Vous pouvez télécharger l'article intégral au format pdf

Ben MOXHAM, p. 485-492

La « République bananière » apprivoisée : Les États-Unis à Timor Oriental
Timor n'est pas qu'un simple facteur dans la pensée stratégique des États-Unis. En réalité, la question est de savoir ce que va devenir Timor. S'il devient un État failli comme la Papouasie-Nouvelle Guinée, il n'aura alors aucune importance aux yeux des États-Unis. S'il devient un État prospère et démocratique, il pourrait alors avoir une valeur symbolique importante au sein de la région. Mais laquelle de ces possibilités les États-Unis favorisent-ils par leurs actions ?
Peut-être les élites du Timor peuvent éviter l'échec de l'État en se maintenant sur l’étroite ligne d’équilibre entre la satisfaction des populations locales et les prescriptions de leurs suzerains internationaux. Il existe cependant un scénario plus plausible. Imaginez l'anxiété du Premier ministre Alkatiri assis dans son bureau, se démenant à trouver davantage de fonds pour son fragile budget national, pour réussir à faire taire le vacarme des manifestants furieux sous ses fenêtres. Pourtant, ses options politiques sont limitées encore davantage par le travail préparatoire de ces Américains tranquilles : aucun contrôle sur une économie dysfonctionnelle, des actions du type « Venezuela » de la part de l'Institut Républicain International, et ce vaisseau de guerre américain, avec ses 1 800 marines, stationnant dans le port de Dili. Sur le pont, des responsables américains anonymes grommellent probablement déjà des commentaires sur ce nouvel « État raté », un de plus.

Amansando a « República das Bananas » : os Estados Unidos em Timor-Leste
Timor não é apenas um factor no pensamento estratégico dos Estados Unidos. Trata-se realmente da questão de se saber o que virá a ser de Timor, porque se for um estado falhado como Papuásia Nova Guiné, então não terá importância para os Estados Unidos. Se vier a ser um estado próspero e democrático, então poderá representar um valor simbólico importante para a região. Resta saber para qual das opções é que as acções dos Estados Unidos estão a contribuir.
Talvez as elites de Timor-Leste possam evitar a formação de um estado falhado, se conseguirem caminhar ao longo da estreita linha que separa a satisfação dos constituintes locais da observância das prescrições dos seus senhores internacionais. Há, porém, um cenário mais provável. Imagine-se um ansioso Primeiro-Ministro Alkatiri no seu gabinete de trabalho, procurando esforçadamente mais fundos no seu debilíssimo orçamento nacional para aplacar o alarido dos protestos que se fazem ouvir do lado de fora da janela. Contudo, continuar a restringir as opções da sua política seria também o alicerce lançado pelos Americanos Tranquilos : ausência de controlo de uma economia com problemas de funcionamento, acções ao estilo « Venezuela » segundo o Instituto Republicano Internacional e aquele vaso de guerra dos EUA com os seus 1 800 fuzileiros ao largo do Porto de Dili. No tombadilho, oficiais anónimos dos EUA murmurariam sem dúvida sobre mais um « estado falhado ».

Taming the «Banana Republic» : The United States in East Timor
Timor is just not a factor in the strategic thinking of the United States. It is really a question as to what Timor becomes. If it is a failed state like Papuasia New Guinea, then it has no importance to the United States. If it is a prosperous and democratic state then it could have important symbolic value for the region. But which of those options are US actions contributing to ?
Perhaps Timorese elites can avoid failed-statehood by walking the fine line between placating local constituents while following the prescriptions of their international overlords. But there is a more likely scenario. Imagine an anxious Prime Minister Alkatiri, at his office desk, painstakingly searching for more funds in his flimsy national budget to silence the din of angry protestors outside his window. Yet, further limiting his policy options would also be the groundwork laid by the Quiet Americans: no control over a dysfunctional economy, «Venezuela»-style moves by the International Republican Institute, and that US warship with its 1800 marines sitting out in the Dili Harbour. On deck unnamed US officials are no doubt muttering something about yet another «failed state»